terça-feira, 8 de setembro de 2009

Hipérbole

Quando eu ia embora, ela me arrancou um suspiro e me encheu de beijos.
E aí eu fui ficando, estando, restando apenas o que já não servia mais.
apareceram as dificuldades, as ausências, as incongruêncas.

Eu já não era mais.
Ela já nem cabia mais em meus abraços.

O que era minimizado, tornou-se hipérbole.

Cresceu, transcendeu e a gente nem se deu conta do quanto tudo estava no chão.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

"...Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta.
Ou querer entender a resposta...”

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 11 de abril de 2009

Nada através...


Hoje sou papel em branco, impotente diante do que venham a me escrever.

Hoje sou escuridão, esperando para amanhecer Sol.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Razão da Paixão...

Qual é o estopim de uma paixão??

Apaixona-se primeiro, envolve-se depois. Ou o envolvimento gera a paixão?

Há quem já esteja descrente do amor. Mas há como evitar uma paixão?

Tenho passado horas pensando sobre isso, tentando descobrir a "razão da paixão".

Há quem se apaixone pela pegada, por um olhar que delata a essência (que dá medo e desejo). É possível apaixonar-se por um sorriso encantador. Tem, ainda, quem não se desapaixone. O outro vai embora, a paixão se esconde mas não acaba. E de repente o coração está tomado de pequenas paixões passadas e não há espaço para o afamado verdadeiro amor.

Apaixonar-se é estar disponível para sofrer. Sofre-se quando se apaixona e não é correspondido; sofre-se quando a paixão nos deixa; sofre-se na transição da paixão para o amor, afinal aquela volúpia tão característica vai esmaecendo. Mas é também, tantas vezes, um sofrimento bom. Sofre-se pela ausência consentida, pelo telefonema que durou pouco, pelas horas que passaram rápidas demais quando vocês estavam juntos.

E como detectar o momento em que a paixão começa???

O que é necessário para uma paixão acontecer?

A internet é um meio? Não é coisa de novela. Sou testemunha de uma paixão que aconteceu entre um casal estando um no Brasil e o outro na Inglaterra. Bate-papo, e-mails, fotos, viagens e... CASAMENTO!!!! Estão casados há quase 5 anos. FELIZES!!!!!

Tenho procurado desacreditar da possibilidade de uma paixão com tão pouco. Logo eu, que preciso estar perto, falar, tocar. Não sou o ser mais racional do mundo. Já fiz sim minhas loucuras e fiquei tão melhor após cada uma delas (rs), mas Ela me dá tão pouco que parece impossível, ao mesmo passo que pode ser exatamente o fato de ter quase nenhum acesso que me intriga, me atiça, me fascina. Continuo afirmando: Inteligência é afrodisíaca!!!!

As vezes acho que assusto. Sou tão real, tão direta que causo um certo estranhamento. Mas sou eu!!!! Estou aqui... dissecada, exposta e Ela nem entende ao menos o quão importante é tudo isso para mim.

Acho que não quero mais falar. Ma se Ela perguntar, eu vou responder.

PERGUNTE-ME!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Sem Comentários...

Eu postei.
Ela leu.
Comentou.
Eu a li.
Escrevi o meu comentário e logo abaixo a mensagem:

"A moderação de comentários foi ativada. Todos os comentários devem ser aprovados pelo autor do blog."

Aprovação???? Eu queria mais é que ela desaprovasse. Queria escrever as indecências que povoam meus pensamentos a cada foto que emana sensualidade. Queria rasgar o verbo, a roupa...
Queria escrever os sonhos, a vontade de ver, de ouvir.

Por fim: "Escolher uma identidade".

Afinal, quem ela acha que eu sou????

Comentário??? Eu quero um TRATADO!!!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mais do mesmo

Ela gritou. Eu revidei. Silêncio.
Tirei a aliança e deixei de lado. Já não havia mais o elo que ela representava. Aliás já não havia mais nada. É estranho quando acaba o amor. Pior ainda quando o amor não acaba.
Mas a gente começa assim: tira a aliança, apaga as mensagens do celular, os e-mails, e se estiver com raiva rasga os cartões, os bilhetinhos, as fotos...

Mas não bastava arrancar a aliança do dedo. Eu precisava arrancar o amor do peito, as lembranças, o cheiro na pele, o gosto do beijo, cada impressão.
E aí a gente vai em frente, continua andando. Olha pra trás e já não vê mais. Ilusão. Apenas viramos a esquina.

E aquele silêncio do fim parece que se perpetua. Vira vazio. Um vazio que preenche, um nada que incomoda. E fica ali...

E a gente vai ficando, se deixando. Até que um dia acorda e não sente mais.

Levanta da cama, abre as janelas e um sorriso.

Sai pra comemorar, cruza um olhar...

E começa tudo de novo....

domingo, 22 de março de 2009

Em algum lugar...


Estou lá fora na naus do porto.
No porto que é ponto de chegada!
Que é ponto de partida!
Sem garrafas, sem bilhetes, sem esperas...

terça-feira, 17 de março de 2009

Criado Mudo

Eu acho que
Tenho certeza daquilo que eu quero agora
Daquilo que mando embora,
Daquilo que me demora

Eu acho que
Tenho certeza daquilo que me conforma
Daquilo que quero entender
E não acomodar com o que incomoda

Não acomodar com o que incomoda

E quando eu vou
É quando eu acho que
Onde é que eu tô
É pouco e tanto faz

Seja o que for,
Seja o que surge e some
Seja o que consome mais
Seja o que consome mas
Faz

E a historia que
Nem passou por nós
Direito ainda,
Pr'onde é que foi?

(Teatro Mágico - Segundo Ato)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Gritando silêncio!

Até onde a vida vai ser capaz de calar tudo o que eu quero dizer e me tranformar nesse silêncio ensurecedor???

Até quando você vai fingir não escuta e não vê que todos os meus rodeios são pra dizer que eu te quero???

Até onde? Até quando?

domingo, 8 de março de 2009

O velho de novo!!!


Eu gosto de estar por aqui.

Dia desses a moça mais bonta de todas as moça bonitas me perguntou por onde andavam minhas palavras. Expliquei que ando um tanto vazia, oca.

Não sei se as palavas me deixaram ou se eu que me escondo delas para depois eu não ter que me ler, para não ter que tentar me entender e ordenar todos os pensamentos e sentimentos diários.

Eu vou devagar. E sempre!

Agora, já sabe: se quiser me encontrar, estarei por aqui.