quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mais do mesmo

Ela gritou. Eu revidei. Silêncio.
Tirei a aliança e deixei de lado. Já não havia mais o elo que ela representava. Aliás já não havia mais nada. É estranho quando acaba o amor. Pior ainda quando o amor não acaba.
Mas a gente começa assim: tira a aliança, apaga as mensagens do celular, os e-mails, e se estiver com raiva rasga os cartões, os bilhetinhos, as fotos...

Mas não bastava arrancar a aliança do dedo. Eu precisava arrancar o amor do peito, as lembranças, o cheiro na pele, o gosto do beijo, cada impressão.
E aí a gente vai em frente, continua andando. Olha pra trás e já não vê mais. Ilusão. Apenas viramos a esquina.

E aquele silêncio do fim parece que se perpetua. Vira vazio. Um vazio que preenche, um nada que incomoda. E fica ali...

E a gente vai ficando, se deixando. Até que um dia acorda e não sente mais.

Levanta da cama, abre as janelas e um sorriso.

Sai pra comemorar, cruza um olhar...

E começa tudo de novo....

Um comentário:

  1. Inevitáveis ciclos...A vida é feita deles.
    Bom saber que o amanhã guarda uma dose de oxigênio a mais...

    Beijo, moça!

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